A manicure Lúbia Camilla Pinheiro Gorgete, de 26 anos, acusada de fazer parte de uma quadrilha de roubo a bancos em Mato Grosso e que recebia Bolsa Família, teve o benefício bloqueado quatro dias depois de ser presa. A informação é da Secretaria Estadual de Assistência Social e Trabalho (Setas-MT). Lúbia foi detida durante a operação Luxus, que prendeu outros membros da quadrilha, que ostentava na web. Segundo a Setas-MT, o benefício de Lúbia foi bloqueado no dia 8 de maio. O pedido foi feito pela gestão do Cadastro Único em Cuiabá. O G1 tentou, mas não conseguiu contato com a prefeitura. De acordo com o Portal da Transparência, Lúbia recebe benefícios do Bolsa Família desde 2015. Os dados no Portal da Transparência, do governo federal, apontam que, nos últimos dois anos, pouco mais de R$ 3,6 mil foram sacados por ela. Em 2017, no entanto, apenas os valores do três primeiros meses foram sacados por ela, totalizando R$ 562. Os valores destinados a Lúbia foram bloqueados quatro dias depois dela ser presa pela primeira vez. Na ocasião, os outros integrantes da quadrilha também foram presos. Eles ostentavam na internet fotos de viagens e carros de luxo, provenientes dos roubos. Ela teve a prisão preventiva cumprida e foi solta pouco tempo depois para cumprir prisão domiciliar. A defesa alegou que a jovem tinha que cuidar das duas filhas menores de idade. A Justiça, porém, constatou que ela não tem a guarda de uma das filhas e que a outra não mora com a mãe. Lúbia e os outros membros da quadrilha viraram réus em uma ação pelos crimes. De acordo com a Polícia Civil, eles têm envolvimento em, pelo menos, 10 roubos a agências bancárias e causou prejuízo de aproximadamente R$ 5 milhões. Ao acatar a denúncia do Ministério Público, a juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, afirmou que a quadrilha funcionava "estruturalmente organizada e caracterizada pela divisão de tarefas, na qual cada um dos seus integrantes teria funções específicas, de maior ou menos intensidade, mas sempre atuando em prol dos interesses do grupo criminoso".

Fonte: G1 MT

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