De acordo com o gestor da Secretaria de Saúde (Semas), o médico Vânio Jordani, os bairros foram escolhidos levando em consideração o total de imóveis instalados e o número de casos de dengue e chikungunya registrados em cada região.
No Rota do Sol, por exemplo, são 4.389 imóveis cadastrados; e no Bela Vista são 2.456 imóveis. No primeiro ciclo de coletas de 2025, o Rota registrou seis casos de dengue e 14 de chikungunya, o bairro está com índice de infestação em 4%. Já no Bela Vista foram quatro registros de dengue e 20 de chikungunya, o Bela Vista está com índice de infestação em 1,31%.
“Esse é um projeto inicial, experimental; o Ministério da Saúde já nos enviou as armadilhas e vamos iniciar os testes”, frisa Jordani. Contudo, a máxima que vale, reforça o gestor, é cada um continuar fazendo sua parte e cuidando do espaço que ou vive ou trabalha.
O secretário acrescenta que quando o agente de combate a endemias (ACE) visita ou uma residência ou empresa e se depara com um criadouro de Aedes, nesse local o problema já está instalado, pois certamente já teve poupas e mosquitos adultos. “A armadilha vem pare evitar esse ciclo, ela é uma ferramenta que consegue interceptar antes, na fase de larvas, e então conseguimos desenvolver ações em pontos específicos; a armadilha será uma ferramenta a mais para mapearmos pontos com problemas”, detalha.
Jordani pontua que hoje a equipe da Vigilância em Saúde Ambiental está montando um segundo laboratório. O primeiro, já instalado e em funcionamento, atende as atuais demandas para análise das amostras coletadas pelos ACEs; o novo laboratório, em instalação, deve ser usado especificamente para a análise do material que será coletado pelas armadilhas ovitrampas.
Mais armadilhas
O secretário salienta que no bairro Fraternidade já foram instaladas 25 armadilhas. “Estas instaladas no Fraternidade integram um outro projeto experimental; nossa equipe da Vigilância em Saúde Ambiental as instalaram na semana passada e dentro de 15 dias teremos a primeira leitura e mapeamento para conferir a efetividade das armadilhas”, explica Jordani.
As armadilhas experimentais já instaladas no Fraternidade são um projeto prático em conjunto com a Universidade Estadual de Londrina (UEL). Além da Prefeitura de Sorriso, integram o projeto o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA/MT), a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA), a Assembleia Legislativa, Promotoria Pública e Judiciário de Sorriso.
Índice de infestação
No primeiro levantamento do índice de infestação predial do mosquito Aedes aegypti de 2025, os bairros com maior índice de infestação foram o projeto Casulo com 13,73%, o bairro Fraternidade com 11,58%; Pinheiros I com 8,7% e Jonas Pinheiro com 7,5%; o Loteamento Industrial 2.ª etapa com 7,94; bairro Boa Esperança com 6,03% e o Vila Bela com 5,94%. Os dados constam do SisPNCD 2025.
Porém, de acordo com o levantamento do 1.º ciclo, a maioria dos bairros sorrissenses apresenta o índice acima do limite aceitável pelo Ministério da Saúde, estipulado em 1%. O índice geral do Município fechou em 2,45; o que coloca o Município em alerta, já que quando o limite fica entre 1% e 3,9%, o Ministério da Saúde classifica como alerta; acima disso é considerado risco.
Ainda, 75,18% da área urbana do Município foi vistoriada no 1.º ciclo. No Distrito de Caravágio, nos condomínios Cidade Jardim e Costa Brava e nos bairros União e Topázio a visita para verificação do índice larvário será realizada nos próximos dias.
Como é feito o levantamento de Índice Rápido (LIRAa)
O levantamento do índice de larvas nos bairros é feito pelos agentes de combate a endemias por meio de um sorteio realizado por sistema eletrônico, que identifica os quarteirões que devem receber a vistoria dos agentes. A equipe vai até o local, recolhe material que poderá apresentar a incidência de larvas ou outra forma do mosquito Aedes aegypti e encaminha para o laboratório que realiza a análise de reconhecimento da larva.
Denúncias
E para quem identificar situações com criadouros ou com suspeita, água servida descartada na rua, descarte de lixo em locais inapropriados, a recomendação é procurar a equipe técnica. Denúncias também podem ser realizadas via Ouvidoria pelo 150 ou ainda pelo aplicativo da Vigilância Sanitária via Unidade Sentinela que atende pelo número (66) 99600-1462.